No entanto só com um diálogo assertivo se consegue a articulação entre as
associações e o poder local e entre as próprias associações. Se do ponto de vista teórico esta articulação é facilitada pelas partes, na
pratica ela torna-se um jogo constante pela vulnerabilidade das partes quanto
as suas responsabilidades e necessidades. A vida associativa é uma vida com um sentido e uma intencionalidade ética,
para um caminho no agir, vivendo plenamente a cidadania. Associação, e um sentido amplo, é qualquer iniciativa formal ou
informal que reúne pessoas físicas ou outras sociedades com objectivos, visando
superar dificuldades e gerar benefícios para os seus associados. Formalmente, qualquer que seja o tipo de associação ou seu objectivo
podemos dizer que a associação é uma forma de legalizar a união de pessoas em
torno de seus interesses e que sua constituição permite a construção de
condições maiores e melhores do que as que os indivíduos teriam isoladamente
para a realização dos seus objectivos.
A associação então, é a forma mais básica para se organizar um grupo de
pessoas para a realização de objectivos comuns. Esquematicamente podemos
representar as associações como sendo: assumindo os princípios de uma doutrina
que se chama associativismo e que expressa a crença de que juntos, nós podemos
encontrar soluções melhores para os conflitos que a vida em sociedade nos
apresenta.
Esses princípios são reconhecidos no mundo todo, as várias formas que as
associações podem assumir: cooperativas, sindicatos, fundações, organizações
sociais, clubes. O que irá diferenciar a forma de cada tipo de associação é
basicamente os objectivos que se pretende alcançar. Os princípios gerais são os
seguintes. As associações são organizações voluntárias, abertas a todas
as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as
responsabilidades de sócio, sem discriminação social, racial, política, religiosa
e de género. As associações são organizações democráticas, controladas por seus
sócios, que participam activamente no estabelecimento de suas políticas e na
tomada de decisões. Homens e mulheres, eleitos como representantes, são
responsáveis para com os sócios. Os sócios contribuem de forma equitativa e
controlam democraticamente as suas associações.
Os sócios destinam eventual uma supervisão
para os seus objectivos, através de
deliberação em assembleia geral. As associações são organizações autónomas de
ajuda mútua, controladas por seus membros. Entrando em acordo operacional com
outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem
externa, devem fazê-lo de forma a preservar seu controle democrático pelos
sócios e manter sua autonomia. As associações devem proporcionar educação e
formação aos sócios, dirigentes eleitos e administradores, de modo a contribuir
efectivamente para o seu desenvolvimento.
Eles deverão informar o público em geral, particularmente os jovens e os
líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação.
As associações atendem aos seus sócios mais efectivamente e fortalecem o
movimento associativista trabalhando juntas, através de estruturas locais,
nacionais, regionais e internacionais. As associações trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades,
municípios, regiões, estados e país através de políticas aprovadas pelos seus
membros. De modo geral as associações caracterizam-se por. Reunião de duas ou
mais pessoas para a realização de objectivos. Seu património é constituído pela contribuição dos associados, por doações,
subvenções etc. Seus fins podem ser alterados pelos associados. Os seus
associados deliberam livremente. São entidades do direito privado e não
público. Enquanto presidente de uma Associação, que no desenvolvido do exercício das
minhas competências a manutenção do carácter democrático, assente nas regras da
representatividade, defendo sempre a autonomia
e o valor do associativismo.
Enfim sempre muito perto dos associados e dirigentes associativos, a quem
prontamente sempre que posso ajudo no desenvolvimento das minhas funções. Pois,
muitas vezes a falta de linearidade e conhecimento por parte do associativismo
em geral das regras de funcionamento do poder local dificulta o diálogo. Uma
vez que é necessário uma análise meticulosa e um levantamento de necessidades
rigoroso. O fazer bem sem olhar a quem, exige um olhar rigoroso para que se
trabalhe sendo justo em igualdade de oportunidades.
A minha acção prática tratasse por uma informação, administrativa,
contabilística e de bom senso na repartição igual das partes. A promoção de
reuniões onde todas as partes se fazem representar ajuda neste processo. As visitas constantes as sedes sociais também ajudaram no
relacionamento das partes, e a observar as reais necessidades.Com alguma frequência eu organizo também encontros informais que estreitam
os laços entre as diversas associações e associados, contribuindo desta forma
para o fortalecimento de uma rede de social coesa. Maior da cívica participação de forma assegurada são de cidadãos e de
associados tenham o direito do exercício através do apoio social, recreativas,
culturais, desportivas. É inquestionável que as associações promovem a integração social e assumem
um papel determinante na promoção da cultura, do desporto, na área social,
substituindo a própria intervenção do Estado. Porém, há cada vez maiores
dificuldades para levar as pessoas a participar na vida associativa. Trabalhar
por carolice não é fácil e muitos não querem assumir responsabilidades. A
verdade é que a prática associativa assenta na vontade dos indivíduos, sendo
uma emergência social que não pode ser lida fora do seu contexto é a sociedade
em que vivemos e porque não se tratar de um fenómeno de geração espontânea,
releva da vontade de uns tantos que tenazmente se opõem à corrente. E os
exemplos são mais que muitos. Acontece, porém, que como em tudo na vida, há que
vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem,
treino, interiorização de uma postura de partilha, sendo também entendido como
uma questão cultural. Não esquecendo as dificuldades financeiras em todos as
acções temos.
Por fim, gostaria de dizer que a minha disponibilidade de diálogo franco e
justo, será sempre a favor do associativismo, e da liberdade de expressão de
cada um, vivemos em Democracia.
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