Carlos Gil
Foi um dos fotógrafos do 25 de Abril de 1974. Através da sua objectiva ajudou a documentar e a escrever parte da história da «Revolução
dos Cravos». Quando alguém o acordou e incitou a sair à rua na madrugada da revolução, mal imaginava que iria viver um dia em grande, gastar rolos e rolos de fotos, e largar a monotonia da sua vida profissional de até então, resumida a tirar fotos de cortar fitas. Do cimo de um veículo do exército, o fotógrafo seguiu o percurso dos militares entre o Terreiro do Paço e o Largo do Carmo, tornando-se assim uma 1testemunha privilegiada da revolução, tomando o seu partido, contra a ditadura, pela liberdade e a felicidade.
Do que se passou naquele dia serve de testemunho o livro Carlos Gil, Um Fotógrafo na Revolução, coordenado por seu filho Daniel Gil, com textos de Adelino Gomes, 2004. O livro inclui algumas das inúmeras imagens captadas pelo fotógrafo naquele dia, muitas das quais ficaram gravadas na nossa memória colectiva e na nossa consciência enquanto sociedade.
A Câmara Municipal de Lisboa, na sua reunião de 6 de Junho de 2001, aprovou por unanimidade uma moção de pesar pelo seu falecimento, ficando deliberado que Lisboa prestaria homenagem ao cidadão do mundo, jornalista e fotógrafo Carlos Gil, atribuindo o seu nome a uma artéria da cidade.
Esta homenagem concretizou-se através de deliberação camarária de 19/12/2001 e edital de 26/12/2001, na freguesia de Marvila, local onde foram homenageados toponimicamente através do mesmo edital os pintores Eduarda Lapa, Mário Botas, Luís Dourdil, Artur Bual e Severo Portela, os escritores Luís de Sttau Monteiro e Jorge Amado, o arquitecto Alberto José Pessoa e o sociólogo Gilberto Freyre. Na freguesia de Marvila, Carlos Gil partilha ainda o espaço toponímico com os jornalistas Ricardo Ornelas9 e Álvaro de Andrade10, o escultor Faustino José Rodrigues11, e os pintores Celestino Alves12, José Rodrigues13 e Gabriel
Constante14, entre muitos outros.
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