2011/04/19

Atitudes e posições politicas

Falta ética na política, sem qualquer dúvida. Que é como quem diz, lisura de procedimentos, coerência de atitudes e de posições. Aqueles elementos que dão credibilidade a quem se apresenta à nossa frente para liderar os destinos do país, a qualquer nível e em quem podemos confiar. Tomemos o caso escabroso de Fernando Nobre. Tem toda uma vida admirável de voluntariado em países necessitados, foi fundador da AMI; era uma pessoa credível, aparentemente sensata, admirada por milhares de concidadãos.
E agora que pensaram essas pessoas??
Fernando Nobre foi o centro das atenções no Conselho Nacional do PSD com os olhos postos numa campanha eleitoral que se adivinha "difícil". Há conselheiros nacionais preocupados com o facto de a mensagem do PSD não estar a passar, a mês e meio das eleições, e António Nogueira Leite, conselheiro do PSD, avisa, em declarações ao i, que as legislativas de 5 de Junho serão "um grande teste à liderança de Pedro Passos Coelho". 

À esquerda e à direita, o caminho de Fernando Nobre para o lugar principal da Assembleia da República tem sido cada vez mais criticado, desde que Passos Coelho indicou o antigo candidato presidencial como cabeça-de-lista do PSD por Lisboa.
"Numa entrevista ao jornal ''Expresso'', no sábado, Fernando Nobre disse que apenas aceitou ser candidato "com o exclusivo e inequívoco propósito de ser proposto pelo PSD para presidente da Assembleia". "Se, seja por que razão for, eu não puder ser nomeado presidente da Assembleia, renuncio imediatamente ao mandato de deputado. Não serei só um deputado", acrescentou. 

Passos Coelho, que a 10 de Abril confirmou que o convite foi para a presidência do parlamento, sustentou ontem que Fernando Nobre "não fez birra" em relação ao cargo nem "impôs condições". No entanto, o presidente do PSD reconheceu que as declarações do cabeça-de-lista por Lisboa "não correram da forma como todos gostaríamos" e pediu a Fernando Nobre para esclarecer "alguns pontos" sobre a entrevista dada ao semanário. "Aceitar convites do Bloco de Esquerda e do PS, que os teve, era uma categoria. Como foi do PSD está a ser encarado como uma vergonha", criticou o líder laranja, durante o Conselho Nacional, admitindo que a escolha de Fernando Nobre foi "polémica".

Miguel Relvas, secretário-geral do PSD, refutou as dúvidas que a entrevista de Fernando Nobre tem suscitado. "Não lemos com certeza a mesma entrevista", disse aos jornalistas, sublinhando que o antigo candidato presidencial "não impôs nenhuma condição", já que o convite para a presidência do Parlamento foi "iniciativa de Pedro Passos Coelho". Para o dirigente social-democrata, Fernando Nobre é, aliás, "um exemplo de desapego ao poder".

À entrada para o Conselho Nacional do partido, dois vice-presidentes do PSD sublinharam que "há um equívoco". "Não houve condições impostas pelo doutor Fernando Nobre, como a seu tempo será elucidado", disse a vice-presidente Paula Teixeira da Cruz. Opinião partilhada por Diogo Leite Campos, que refere "um problema de comunicação", já que foram feitos "dois convites", um para deputado e outro para candidato a presidente da Assembleia. "O doutor Fernando Nobre vai apresentar-se a deputado e depois, se as coisas correrem bem - como julgo que vão correr bem - será indicado pelo PSD para presidente da Assembleia da República. Nunca ele pôs condição nenhuma para ser candidato a deputado", justificou.

As críticas a Nobre, no entanto, chegam até de outros cabeças-de-lista do PSD. Francisco José Viegas, que encabeça os candidatos social-democratas por Bragança, confessou que "nunca diria uma coisa assim". "Quando aceitamos ir a jogo, aceitamos ir a jogo. É uma das regras essenciais da democracia", sustentou o escritor e candidato independente. Em defesa do fundador da AMI veio Carlos Carreiras, presidente da Distrital do PSD de Lisboa, por onde Nobre é candidato: "O jogo é limpo, aberto e transparente."

teste à liderança de Passos Num Conselho Nacional que ficou marcado pela apresentação das listas de deputados - aprovadas por unanimidade - e pela polémica de Fernando Nobre, ainda houve espaço para alguns conselheiros nacionais apontarem para a campanha eleitoral que, avisam, será "difícil".
 

O "grande teste à liderança", de que falou Nogueira Leite, foi algo que o próprio líder laranja admitiu perante os conselheiros nacionais, dizendo que "não atira responsabilidades para cima de ninguém" e por isso, quer os resultados das eleições sejam bons ou maus, a "responsabilidade final" será sempre sua.
 
A campanha eleitoral está aí e os conselheiros mostram-se preocupados. "A mensagem do PSD ainda não está a passar. Quem tem estado ao ataque é o PS e nós à defesa e vamos reagindo às iniciativas do PS", afirma ao
 i Luís Rodrigues, deputado e membro do Conselho Nacional. O conselheiro adverte que o PSD "só tem um mês e meio para encontrar a forma de chegar aos portugueses". O objectivo tem de ser a "maioria absoluta e não apenas combater para ganhar", avisa Luís Rodrigues. Também Nogueira Leite considera que "a mensagem vai ter de ganhar eficácia" e que o partido terá de se manter "unido". 
A imagem de um partido fragmentado, nomeadamente com a polémica de Fernando Nobre, terá de ser ultrapassada em campanha, consideram os conselheiros. "Não se pode aplicar uma lei da rolha, o partido deve ser plural mas as pessoas têm de se unir em torno de soluções", justifica Nogueira Leite. 


Eu entendo destas palavra, que foi uma má opeção, mas o medo não advêm da VERGONHA de muitos Políticos sem Escrúpulos.






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