As restrições de entrada de menores de 16 anos em bares poderá levar a que os jovens evitem o contacto com ambientes “impróprios” e com pessoas que eventualmente consumam drogas. Contudo, é necessário polir outras ferramentas de combate à toxicodependência, como infra-estruturas para os mais novos. Em Portugal, não “há uma política para os jovens”, lamento e critico a falta de estratégia do Governo e alerta para a importância de olhar também para os que estão a tentar a cura. Em que medida a proibição de entrada de jovens menores de 16 anos em bares a partir das 22h ou envergando uniforme - contemplada na proposta para rever a regulação das actividades dos bares restaurantes e hotéis - pode contribuir para diminuir a toxicodependência juvenil quando a tendência é para o consumo em casa ou em casa dos amigos. Uma lei poderá permitir apenas deixar de existir uma certa promiscuidade, eventualmente irá também impedir a presença de menores em certos sítios que já frequentam ou reduzir a tendência de consumo, se depois os estabelecimentos controlarem as entradas.
Poderá ajudar a que o jovem tenha menos contacto visual com o que esteja a acontecer de irregular dentro dos estabelecimentos e deixe também de haver um contacto com algumas pessoas que consomem dentro desses locais, mas não é tudo.
Nem sequer vai acabar com o consumo de drogas entre os jovens. Não se pode ir a casa das pessoas para travar essa tendência, inclusive, esta lei [uma nova lei] até poderá fazer com que os jovens se fechem mais em casa, o que torna mais difícil ter-se conhecimento do problema. Mas, sabemos que estas coisas estão a acontecer, portanto dentro dos estabelecimentos temos de fazer alguma coisa para as evitar. Mas faltava uma base legal. É uma medida que poderá ser favorável, para evitar a tendência de jovens cada vez mais novos frequentarem estes locais. Sim, porque há jovens com 12 e 13 anos a frequentar vários bares e convivem com pessoas de 20 e 30 anos e acabam por estar em ambientes impróprios e alguma coisa tinha de ser feita. Há a lei para os casinos, para os cafés, mas ninguém impedia um jovem menor de idade de entrar numa discoteca. Por outro lado, os jovens também se podem fechar mais e aumentar o consumo, como disse. Que outras medidas terão de complementar esta para que haja uma certa eficácia.
À família compete um papel importante, tendo a obrigação de saber com quem está o seu filho, sendo menor certificar-se se está algum adulto a tomar conta dele, verificar se diz onde foi. Não nos podemos apenas cingir à lei e deixar de tentar outras soluções. Aliás os pais são fundamentais na prevenção, não só da droga, mas também de outros comportamentos de risco.
É uma urgência pouco há, por exemplo, na zona...
Onde os jovens possam jogar, fazer skate... ou o próprio Hóquei em Patins em Marvila, que se está a desenvolver, e a que o Governo não tem vindo a dar apoio. Se calhar acha que todos têm de seguir a carreira do faz de conta. A comunidade desta freguesia é diferente.
No sentido da prevenção era um espaço onde os jovens entre os 10 e os 20 podem encontrar actividades. O balanço. É Positivo.
Sendo a família um pilar muito forte na prevenção, também e preciso apoio psicológico para as famílias.
Ainda há falta de abertura para lidar com estas problemáticas? Há também uma falta de promo-ção, temos de promover mais esta Freguesia.
Não há um plano definido? Neste momento falta compreender que o tratamento também é importante. É preciso apostar no campo da prevenção para evitar que a problemática aumente, claro, mas as pessoas que estão em tratamento também merecem qualidade, por isso é preciso investir para que possamos ter pessoal qualificado e recursos humanos suficientes em todas as áreas.
Neste momento somos uma associação que está a receber menos em relação às outras. Provavelmente, se dizermos que a partir de agora não ajudamos pessoas com problemas com heroína, mas apenas os jovens até passamos a receber mais. Neste momento, esta é uma das injustiças que está.
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