2012/10/27

Com o Outono chegam as castanhas assadas

O Magusto é uma festa popular, as formas de celebração divergem um pouco consoante as tradições regionais. Grupos de amigos e famílias juntam-se à volta de uma fogueira onde se assam as castanhas para comer, bebe-se a jeropiga, água-pé ou vinho novo, fazem-se brincadeiras, as pessoas enfarruscam-se com as cinzas, cantam-se cantigas. O magusto realiza-se em datas festivas: no dia de São Simão, no dia de Todos-os-Santos ou no dia São Martinho. 
Diz a lenda que Martinho, nascido na Hungria em 316, era um soldado. Era filho de um soldado romano. O seu nome foi-lhe dado em homenagem a Marte, o Deus da Guerra e protector dos soldados. Aos 15 anos vai para Pavia (Itália). Em França abraçou a vida sacerdotal, sendo famoso como pregador. Foi bispo de Tous. Certo dia de Novembro, muito frio e chuvoso, estando em França ao serviço do Imperador, ia Martinho no seu cavalo a caminho da cidade de Amiens quando, de repente, começou uma terrível tempestade. A certa altura surgiu à beira da estrada um pobre homem a pedir esmola. Como nada tivesse, Martinho, sem hesitar, pegou na espada e cortou a sua capa de soldado ao meio, dando uma das metades ao pobre para que este se protegesse do frio.. Quando se preparava para seguir viagem, a chuva parou de cair, as nuvens fugiram e o sol começou a brilhar. Assim ficou o tempo durante três dias. Diz-se que foi recompensa divina. A tradição mantém-se e por isso se fala do Verão de São Martinho, para lembrar que as boas acções não se devem esquecer.
Daí que esperemos, todos os anos, o Verão de S. Martinho. E a verdade é que S. Martinho raramente nos decepciona. Em sua homenagem, comemoramos o dia 11 Novembro com as primeiras castanhas do ano, acompanhadas de vinho novo. É o Magusto, que faz parte das tradições do nosso país
Algumas autarquias não valorizam os Castanheiros, nos espaços públicos, reflectindo-se nas podas bárbaras e na ligeireza com que se desfazem de algumas de grande porte a pretexto de uma requalificação, a maioria das cabeças não suportam a ideia de preservação do património arbóreo nos espaços públicos.
No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho

2012/10/19

Apoiar quem mais percisa, na agricultura

Aos Habitantes da Freguesia de MARVILA, alguns anos atrás começaram por cultivar terrenos, pertencentes a CML existe uma grande áreas dispersa nesta freguesia. Todos sabemos que as más práticas acabam sempre por ter um fim é disso mesmo que vos quero falar…Nesse sentido não queria ver  o que  aconteceu nos terrenos anexo a escola 2 + 3 de Marvila no bairro dos alfinetes, foram demolidos. E  não devem deitar abaixo só por prazer, e pelo mau aspecto que dá a esta freguesia. Penso que a CML devia proibir vedações de madeira. No entanto relembro que é da terra que vivemos, tenham isso em consideração. Falar com as associações de moradores e com moradores. A CML tem direitos mas também tem deveres esse que no meu entender escasseia. Assim como a comunicação social que só diz e não desdiz, por exemplo muitos, não querem trabalhar, viveram e vivem as custas de todos nós. Horta.  Deixem os moradores cultivar, cebolas, cenouras, couves batatas e hortelã, Feijão batatas, pimentos, tomates alho, falem com quem conhece a realidades, não destruam a felicidade de algumas pessoas, que vivem
deste rendimento. Tendo em consideração os tempos que correm, com muito desemprego.  Marvila tem uma área de terreno (vazio) como poucas freguesias tem. Se a coisa que não defendo,  são maus comportamentos e faltas de respeito. Sendo que ainda temos espaços expectantes onde se pode e deve plantar arvores que tanta falta, faz repito isto porque já o tenho dito por várias vezes, os responsáveis ficam a olhar como se nada fosse.
Tenho pena que se transformou um País  em dividas, onde devíamos era transformar em sabedoria e riquezas.

2012/10/14

Enquanto ser Humano e dirigente associativo

O Associativismo numa freguesia têm um grande valor para o desenvolvimento local, nele reside a força da cultura e do crescimento da freguesia.
No entanto só com um diálogo assertivo se consegue a articulação entre as associações e o poder local e entre as próprias associações. Se do ponto de vista teórico esta articulação é facilitada pelas partes, na pratica ela torna-se um jogo constante pela vulnerabilidade das partes quanto as suas responsabilidades e necessidades. A vida associativa é uma vida com um sentido e uma intencionalidade ética, para um caminho no agir, vivendo plenamente a cidadania. Associação, e um sentido amplo, é qualquer iniciativa formal ou informal que reúne pessoas físicas ou outras sociedades com objectivos, visando superar dificuldades e gerar benefícios para os seus associados. Formalmente, qualquer que seja o tipo de associação ou seu objectivo podemos dizer que a associação é uma forma de legalizar a união de pessoas em torno de seus interesses e que sua constituição permite a construção de condições maiores e melhores do que as que os indivíduos teriam isoladamente para a realização dos seus objectivos.
A associação então, é a forma mais básica para se organizar um grupo de pessoas para a realização de objectivos comuns. Esquematicamente podemos representar as associações como sendo: assumindo os princípios de uma doutrina que se chama associativismo e que expressa a crença de que juntos, nós podemos encontrar soluções melhores para os conflitos que a vida em sociedade nos apresenta.
Esses princípios são reconhecidos no mundo todo, as várias formas que as associações podem assumir: cooperativas, sindicatos, fundações, organizações sociais, clubes. O que irá diferenciar a forma de cada tipo de associação é basicamente os objectivos que se pretende alcançar. Os princípios gerais são os seguintes.  As associações são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de sócio, sem discriminação social, racial, política, religiosa e de género. As associações são organizações democráticas, controladas por seus sócios, que participam activamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões. Homens e mulheres, eleitos como representantes, são responsáveis para com os sócios. Os sócios contribuem de forma equitativa e controlam democraticamente as suas associações.
Os sócios destinam eventual  uma supervisão  para os seus objectivos, através de deliberação em assembleia geral. As associações são organizações autónomas de ajuda mútua, controladas por seus membros. Entrando em acordo operacional com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, devem fazê-lo de forma a preservar seu controle democrático pelos sócios e manter sua autonomia. As associações devem proporcionar educação e formação aos sócios, dirigentes eleitos e administradores, de modo a contribuir efectivamente para o seu desenvolvimento.
Eles deverão informar o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação. As associações atendem aos seus sócios mais efectivamente e fortalecem o movimento associativista trabalhando juntas, através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais. As associações trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, municípios, regiões, estados e país através de políticas aprovadas pelos seus membros. De modo geral as associações caracterizam-se por. Reunião de duas ou mais pessoas para a realização de objectivos. Seu património é constituído pela contribuição dos associados, por doações, subvenções etc. Seus fins podem ser alterados pelos associados. Os seus associados deliberam livremente. São entidades do direito privado e não público. Enquanto presidente de uma Associação, que no desenvolvido do exercício das minhas competências a manutenção do carácter democrático, assente nas regras da representatividade, defendo sempre  a autonomia e o valor do associativismo.
Enfim sempre muito perto dos associados e dirigentes associativos, a quem prontamente sempre que posso ajudo no desenvolvimento das minhas funções. Pois, muitas vezes a falta de linearidade e conhecimento por parte do associativismo em geral das regras de funcionamento do poder local dificulta o diálogo. Uma vez que é necessário uma análise meticulosa e um levantamento de necessidades rigoroso. O fazer bem sem olhar a quem, exige um olhar rigoroso para que se trabalhe  sendo justo em igualdade de oportunidades.
A minha acção prática tratasse por uma informação, administrativa, contabilística e de bom senso na repartição igual das partes. A promoção de reuniões onde todas as partes se fazem representar ajuda neste processo. As visitas constantes as sedes sociais também ajudaram no relacionamento das partes, e a observar as reais necessidades.Com alguma frequência eu organizo também encontros informais que estreitam os laços entre as diversas associações e associados, contribuindo desta forma para o fortalecimento de uma rede de social coesa. Maior da cívica participação de forma assegurada são de cidadãos e de associados tenham o direito do exercício através do apoio social, recreativas, culturais, desportivas. É inquestionável que as associações promovem a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto, na área social, substituindo a própria intervenção do Estado. Porém, há cada vez maiores dificuldades para levar as pessoas a participar na vida associativa. Trabalhar por carolice não é fácil e muitos não querem assumir responsabilidades. A verdade é que a prática associativa assenta na vontade dos indivíduos, sendo uma emergência social que não pode ser lida fora do seu contexto é a sociedade em que vivemos e porque não se tratar de um fenómeno de geração espontânea, releva da vontade de uns tantos que tenazmente se opõem à corrente. E os exemplos são mais que muitos. Acontece, porém, que como em tudo na vida, há que vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem, treino, interiorização de uma postura de partilha, sendo também entendido como uma questão cultural. Não esquecendo as dificuldades financeiras em todos as acções temos.
Por fim, gostaria de dizer que a minha disponibilidade de diálogo franco e justo, será sempre a favor do associativismo, e da liberdade de expressão de cada um, vivemos em Democracia.